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Perda de controle da 777 Partners na SAF do Vasco não afetará o futebol

Ideia do Associativo é não fazer mudanças dráticas para não gerar instabilidade no futebol Cruz-Maltino

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Dikran Sahagian/Vasco da Gama

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Anunciada na noite desta quarta-feira (15), a decisão da justiça em suspender o contrato e afastar a 777 Partners do controle do Vasco deixou a torcida preocupada. Apesar disso, Conforme apuração do Lance!, a ideia do Associativo é não fazer mudanças dráticas para não gerar instabilidade no futebol Cruz-Maltino.

A chegada de um novo técnico e o contrato com a Betfair estão mantidos. A ideia da direçao não é retornar ao modelo associativo, mas vender a SAF do Vasco novamente, principalmente para dar a garantia de um ano financeiramente tranquilo ao clube.

Em entrevista ao Uol, o vice-jurídico do Vasco Felipe Carregal Sztajnbok, demonstrou preocupação com o próximo aporte da empresa americana, previsto para setembro:

A minha preocupação imediata é o aporte de setembro. É muito preocupante a situação financeira, mas meu problema maior é se eles irão mostrar fôlego até setembro, e está nítido que não terão. O balanço mostrou que se esse aporte não entrar, a chance de não pagar a folha é enorme. Estamos muito preocupados com esse aporte em setembro. Nós notificamos exigindo uma garantia, mas eles negaram.

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Entenda o caso que pode mudar o ano do Vasco

Na terça-feira (14), o Vasco associativo entrou na justiça contra a 777, buscando, principalmente, garantias da saúde financeira da SAF. Mesmo em sigilo, o processo faz parte da ruptura entre o clube e a 777, investigada por fraude na justiça dos Estados Unidos.

O objetivo da ação é resguardar o Vasco em caso de penhora das ações do clube. Atual presidente do Cruz-maltino, Pedrinho e não está convencido que a 777 vai conseguir manter os compromissos com o clube e querem vender a SAF para outra empresa. Agora, o clube associativo voltou ao controle.

Na decisão, divulgada na noite desta quarta-feira (15), duas justificativas foram apresentadas para conceder a liminar. Primeiro, o Juiz  Paulo Assed Estefan falou do atraso no cumprimento dos aportes, principalmente nas operações estranhas como os empréstimos para empresas que não tem relação com os objetivos da SAF.

-A par do atraso no cumprimento das obrigações financeiras, cabalmente demonstrado na
documentação apresentada, verifica-se na inicial, também a presença de operações estranhas e, ao menos em tese, prejudiciais, como, por exemplo, o aporte dos valores prometidos seguido de saque a título de empréstimo a empresa que não guarda relação com os objetivos da SAF-.

Depois, ainda citou as notícias de insolvabilidade da 777.

-Em complemento, as notícias de insolvabilidade da primeira ré, consubstanciada, inclusive, por
declarações do seu próprio líder, mostra situação bem diversa daquela anunciada quando da realização do pacto. A empresa que prometera a salvação através de vultoso aporte de capital e recuperação da sede vascaína (Estádio de São Januário), hoje apresenta-se com situação financeira deficitária e incapaz de cumprir com aquele anúncio e pondo em risco a viabilidade da SAF, principalmente quando se foca no êxito futebolístico-.

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Dikran Sahagian/Vasco da Gama

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